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Incêndio volta na maior reserva de cerrado de SP e chega à base da equipe de combate

Fogo na Estação Ecológica Jataí, em Luiz Antônio (SP), começou no dia 27, foi controlado na sexta-feira (4), mas retornou neste fim de semana. Não há re...

Incêndio volta na maior reserva de cerrado de SP e chega à base da equipe de combate
Incêndio volta na maior reserva de cerrado de SP e chega à base da equipe de combate (Foto: Reprodução)

Fogo na Estação Ecológica Jataí, em Luiz Antônio (SP), começou no dia 27, foi controlado na sexta-feira (4), mas retornou neste fim de semana. Não há registros de feridos. O incêndio que atinge a Estação Ecológica Jataí, maior reserva de cerrado do estado de São Paulo, em Luiz Antônio (SP), desde o dia 27 de setembro chegou à base da equipe de combate neste fim de semana. Não há registros de feridos. Siga o canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp O fogo havia sido controlado na última sexta-feira (4), mas retornou. Com isso, equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil atuam na manhã desta segunda (7) para combater as chamas. Até a publicação desta reportagem, a extensão da área atingida não havia sido divulgada, e a causa do incêndio é investigada. O local ficou marcado nos últimos anos por registrar queimadas de grandes proporções, a última delas em 2021 (veja abaixo detalhes). Além dos brigadistas por terra, três aeronaves também são usadas e auxiliam nos trabalhos. Na última semana, o número de aeronaves chegou a sete. Segundo a última atualização da Defesa Civil, Luiz Antônio é a única cidade do estado com focos de incêndio ativos nesta segunda-feira. Fogo voltou na Estação Ecológica Jataí, em Luiz Antônio (SP) Marcelo Galvão Dificuldades no combate Também na última semana, três frentes de trabalho diferentes atuaram no combate ao incêndio. Ao todo, 150 pessoas, com representantes da Defesa Civil, Fundação Florestal e Corpo de Bombeiros, trabalharam em conjunto, com 56 veículos por terra, sete aeronaves, além da utilização de caminhões-pipa e abertura de aceiros. Capitão do Corpo de Bombeiros, Gustavo Henrique Rissato destacou à EPTV, afiliada da TV Globo, as dificuldades dos brigadistas para combater o fogo. "São diversos fatores: baixa umidade, temperatura alta, local de difícil acesso, uma área muito grande. Isso dificulta a locomoção, comunicação entre as equipes e essa coordenação para tentar combater as chamas", explicou. Segundo a secretária estadual do Meio Ambiente, Natália Resende, a ação ocorre em meio a uma situação crítica, agravada pelo calor e pelo tempo seco na região de Ribeirão Preto (SP), que facilitam a propagação do fogo. "A gente está em um momento extremo. Então, aqui, principalmente na região em que não chegaram tantas chuvas quanto as que a gente viu lá na Região Metropolitana de São Paulo e Vale do Ribeira, por exemplo, que a gente está com a umidade baixa, alta temperatura, os ventos estão muito fortes, isso prejudica inclusive a questão das aeronaves que a gente tem aqui", disse. Justamente por conta do risco de queimadas, a reserva está fechada para visitação. Aeronaves atuam no combate ao fogo na Estação Ecológica Jataí Reprodução/EPTV LEIA TAMBÉM Medo do futuro, traumas e desespero: como devastação dos incêndios afeta saúde mental Setembro chega ao fim com chuvas abaixo da média e calor atípico em Ribeirão Histórico de queimadas A Estação Ecológica Jataí, composta por uma área total de cerca de 11 mil hectares, tem um histórico de incêndios de grandes proporções. O último registrado na reserva foi em 2021. Cerca de 3,8 mil hectares da área foram queimados. O tamanho era equivalente a 5,3 mil campos de futebol no padrão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Incêndio destruiu parte da vegetação da Estação Ecológica de Jataí em Luiz Antônio, SP, em 2021 Divulgação O responsável foi identificado após análises de imagens de satélites e diligências em campo. A investigação apontou que o homem colocou fogo no lixo em uma área rural de São Carlos (SP). Por conta do tempo seco e dos fortes ventos, as chamas se alastraram. A Polícia Militar Ambiental aplicou uma multa de R$ 120 milhões ao responsável. Antes, em 2020, a reserva já tinha sido devastada por outra queimada de grandes proporções que afetou cinco mil hectares. Para evitar esses incêndios, a reserva passou a ser monitorada em tempo integral por drones termais em 2024. Com os equipamentos, a medição de temperatura de ponto e área é mais certeira, já que eles são capazes de alertar altas temperaturas, o que pode significar focos de queimada. Drone termal alerta para riscos de incêndio na Estação Ecológica Jataí, em Luiz Antônio, SP Cacá Trovó/EPTV Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região

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